Disforia: horas e horas de cadeira podem significar mesmo produtividade?5 min de leitura

Desde o tempo em que escritórios se tornaram um local de trabalho, determinar a produtividade de alguém pelo número de horas que essa pessoa fica sentada em sua mesa tem sido uma prática comum ao longo da história. Ainda que um funcionário possa estar trabalhando arduamente ao permanecer sentado em sua mesa, hoje aprendemos que, mais do que nunca, esta não é uma boa métrica para a produtividade de alguém. Aqui está a razão por trás disso.

Burn Out

É muito difícil acreditar que dar ao empregado a liberdade para fazer pausas aumenta sua produtividade? O fato é o seguinte: os seres humanos não foram feitos para ficarem sentados em frente a uma tela de computador por 8 horas, cinco dias por semana. Simplesmente é algo que não é saudável e resulta no que é chamada de Síndrome de Burnout (estresse excessivo e crônico), além da falta de produtividade. Estudos mostram que a produtividade e o desempenho atingem seu pico durante intervalos ininterruptos de 90 minutos. Compare isso com uma pesquisa recente que sugere que um trabalhador só consegue ser produtivo por 2 horas e 53 minutos dentro de um período de 8 horas. É fácil ver que estamos fazendo algo errado por muito tempo.

Vivemos em um mundo no qual, infelizmente, as horas que passamos sentados em nossas mesas são usadas como ferramenta para determinar a nossa produtividade. E o pior, passamos a acreditar nisso. No entanto, ao deixar isso de lado e permitir que os trabalhadores façam pausas ao longo do dia para “refrescar a mente”, você permitirá que eles permaneçam com a sua máxima produtividade, em vez de exauri-los nas três primeiras horas e desperdiçando, assim, todo o restante do dia. Uma pausa de 10 minutos de vez em quando não faz mal, pelo contrário: ela pode fazer milagres.

Saúde e bem-estar andam de mãos dadas

Nos EUA, estima-se que a perda financeira relacionada à saúde dos colaboradores seja de US$ 260 bilhões por ano. É algo gritante, para não dizer coisa pior. Tirar uns dias de folga devido ao cansaço, doença ou estresse é algo que nós já fizemos em algum momento da vida, mas o custo geral disso é astronômico. Afinal, que outra razão teria para colocar a saúde e a felicidade dos seus empregados em primeiro lugar?

Em vez de microgerenciar os colaboradores, a ponto de fazer com que eles sintam que não podem tirar o olho por um segundo sequer da tela do computador, dar a eles a liberdade para tomarem conta da própria programação pode fazer maravilhas em relação à produtividade – e o que pode poupar muito dinheiro da empresa.

Ninguém gosta de ouvir o que deve ser feito

Os seres humanos são criaturas teimosas. Se alguém disser que você precisa fazer algo, ou se comportar de certa forma, sempre vai haver aquela pequena parte de você que se sente menos inclinada a agir, independente do seu nível de profissionalismo. Ter alguém o tempo inteiro em cima, monitorando seus e-mails a cada segundo que você está em sua mesa é uma forma garantida de se sentir menos encorajado pelo seu desempenho no local de trabalho. E surpreendentemente, isso afetará a famosa performance no local de trabalho.

Quando alguém possui uma jornada desejada de carreira, o que o motiva a sair da cama pela manhã e ir trabalhar é a sensação de que está fazendo um bom trabalho e sendo apreciado como um bom profissional. Dar a liberdade de trabalhar como deseja (com razão) apenas irá ampliar este aspecto, mas forçar a adesão de uma programação restrita, quando eles não podem sair para tomar um pouco de ar fresco por uma hora ou duas certamente pode acabar com a autoestima do colaborador.

Uma pessoa não é uma engrenagem, capaz de trabalhar sem descanso por períodos de tempo prolongados – mas à medida que o tempo passa, ela irá sucumbir se tratá-la como tal, o que pode levar a uma pane geral da máquina. Se você deseja que seus colaboradores atinjam o máximo da produtividade, deve tratá-los da melhor maneira possível. Este reconhecimento terá seu retorno em forma de resultados profissionais positivos.

Tudo Junto

Cada ponto mencionado neste artigo retrata problemas predominantes em vários locais de trabalho ao redor do mundo, os quais ainda estão se ajustando para serem ambientes mais produtivos e modernos. No entanto, uma receita desastrosa surge quando você mistura as coisas e joga na mesma panela.

Atitudes antiéticas, rotatividade dos empregados, colaboradores doentes e um alto número de dias de atestado são questões que podem prevalecer, a não ser que algo seja feito para mudar isso. E esse “algo” é bem simples: não meça o valor dos seus funcionários pela quantidade de tempo gasto em suas mesas.

Deixe que eles sintam que a saúde e o bem-estar sejam tão valorizados como as horas trabalhadas, que sua produtividade irá se destacar mais do que o tempo trabalhado.

Fonte: https://www.prevuehr.com/resources/insights/desk-dysphoria-measuring-productivity-chair-hours-thing-past/

Traduzido e revisado por Fellipelli Consultoria Organizacional.

Tema: Prevue™

Subtema: O controle excessivo desmotiva o colaborador e pode levá-lo à baixa produtividade.

Objetivo: Liderança, Desenvolvimento Organizacional, Team Building, Coaching, Autoconhecimento, Autodesenvolvimento.

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