Controlando o incontrolável: o uso do MBTI® na facilitação do treinamento na Canadian Police College4 min de leitura

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Um estudo de caso da Canadian Police College

A Sgto. Damian, qualificada no Myers-Briggs Type Indicator® (MBTI®) Step II™, é uma oficial da Real Polícia Montada Canadense (RPMC), que oferece treinamentos na Canadian Police College (Universidade da Polícia Canadense, em tradução livre), para oficiais executivos seniores e suboficiais em comando com a RPMC e outros serviços policiais em todo o país.

Seja em um workshop de três dias para oficiais executivos sênior ou uma única sessão com suboficiais em comando, há algo que ela sempre busca em todos os participantes: “Quero saber se eles conhecem a si mesmos”.

Ela criou formas únicas de se descobrir isso. Para os seus workshops “executivos” de fim de semana, ela faz com que os participantes “metam a mão na massa” em atividades fora do contexto policial (e fora das suas preferências tipológicas), onde eles, no fim do dia, sentem como se não tivessem o controle sobre aquilo.

Ela não fala muito sobre o que é a atividade – ela quer que os oficiais não participem de uma atividade com um conhecimento avançado sobre o assunto ou noções preconcebidas – mas há um método para a sua “travessura”. Ao ajudar os policiais a notarem como eles agem e pensam quando estão fora do controle, Damian os ajuda a lidar com situações estressantes do mundo real que encaram, seja nas ruas ou nas salas de reunião.

“As pessoas perdem o controle quando precisam fazer algo que está longe da sua preferência”, ela explica. A situação inesperada, a mudança repentina que descarrila semanas de planejamento cuidadoso, até mesmo uma promoção cobiçada, podem levar a um nível de estresse muito grande e a uma ansiedade, se as pessoas não se conhecerem o bastante para lidarem com isso.

Damian diz que o estresse estimulado que ela mesma cria dá aos participantes uma chance de aprenderem como suas preferências podem ajudá-los a lidar com o que acontece de real. Por exemplo, ela dá o seguinte aviso para aqueles que estão prestes a perder o controle: “Quando alcançar este estágio, faça algo dentro das suas preferências que vá te acalmar. Se você for um extrovertido, interaja com as pessoas e desabafe. Se for um introvertido, dê uma caminhada, vá para um lugar quieto e leia, faça um Sudoku. 15 minutos é o necessário”.


“As pessoas perdem o controle quando precisam fazer algo que está longe da sua preferência(…) Quando alcançar este estágio, faça algo dentro das suas preferências que vá te acalmar. Se você for um extrovertido, interaja com as pessoas e desabafe. Se for um introvertido, dê uma caminhada, vá para um lugar quieto e leia, faça um Sudoku”.

Sgto. Damian
Qualificadora, Canadian Police College


Sua abordagem parece funcionar. “Recebo ligações para fazer exercícios em grupo com o MBTI”, diz ela, adicionando que apenas uma ou duas pessoas, das centenas que ela já atendeu não sentiram que obtiveram algo significante de sua experiência com este instrumento.

As expectativas das pessoas é a grande razão pela qual Damian gosta de mantê-los sem que percebam o que acontece durante seus workshops. Em suas sessões iniciais com os suboficiais em comando, ela notou que alguns dos policiais tentavam responder o questionário, visando buscar o “melhor tipo” para serem promovidos a oficiais executivos.

“Não há um tipo melhor. Todos podem fazer o trabalho”, ela enfatiza. Na verdade, ela diz ter notado uma variedade maior de tipos de personalidade no serviço policial. “Vejo mais diversidade, mais abertura à diferença”.

Essa diversidade é encorajante, pois conforme ela coloca, “a ideia do instrumento não é a de selecionar quem tem ‘a tipologia melhor’ para ser um policial ou para ser promovido a uma patente maior. Imagine uma casa com 16 cômodos. Você pode preferir um deles – banheiro, quarto ou cozinha – mas mesmo assim viveria na casa. E, em um determinado momento, você vai precisar de todos esses cômodos”.

Essa casa é uma analogia que se encaixa muito bem no contexto, pois uma vez que os policiais compreendam suas preferências e as dos outros, os benefícios vão além do local de trabalho. “É algo que desperta”, diz Damian. “Muitas vezes ouço pessoas dizendo: ‘Agora entendo por que alguns oficiais estão na minha equipe e outros não, por que minha mulher faz tal coisa e meu filho outra’. Isso tem tudo a ver com a dinâmica da equipe, ajuda e respeito mútuos, seja no trabalho ou em casa.

Tradução livre/ Fonte: https://www.cpp.com/Pdfs/CS_Canadian_Police_College.pdf


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